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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Qual o significado de ra-tim-bum?






O assunto não é música, mas mensagem na linha delírio satânico-fundamentalista.

Segundo o texto, ratimbum ou ra-tim-bum é palavra mágica usada em rituais satânicos. O autor, não identificado, deve acreditar no que escreve, pois até citar a Bíblia ele cita, muito embora os trechos transcritos nada tenham a ver com o ratimbum e a sua malignidade.

Não se sabe onde ele foi encontrar essa fantasia maligna e que ratimbum significa: eu amaldiçoo você.

Em que idioma? Qual o idioma falado pelos magos persas? Onde o autor da mensagem obteve tal informação?
Em rituais satânicos, elas eram pronunciadas assim e ao contrário fazendo o mestres dos magos surgir das cinzas e realizar os desejos de quem os proclamou.
Marchinha Touradas em Madrid de Alberto Ribeiro e João de Barro, 1938.

Eu fui às touradas em Madri
Parará- tim -bum-bum-bum
Parará-tim-bum- bum
E quase não volto mais aqui
Pra ver Peri
Beijar Ceci
Eu conheci uma espanhola
Natural da Catalunha
Queria que eu tocasse castanhola
E pegasse o touro à unha
Caramba..
Caracoles. . .
Sou do samba
Não me amoles
Pro Brasil eu vou fugir
Que isto é conversa mole
Para boi dormir
Eu fui às touradas em Madri
Parará- tim -bum-bum -bum
Parará-tim-bum- bum
E quase não volto mais aqui
Pra ver Peri
Beijar Ceci
Falar RATIBUM e MUBITAR em voz alta vai fazer o mestres dos magos surgir das cinzas e realizar os desejos de quem os proclamou?
(Alô, alô MUBITAR! Meu desejo é acertar na super-hiper-mega-sena!!! E, por favor, limpe as cinzas antes de adentrar o nosso recinto(!), pois já tem muita poeira terrena por aqui. Certo?)
Mais adiante o autor diz: VOCE JA CANTOU PRA ALGUEM???... " É BIG É BIG É HORA É HORA RA-TIM-BUM FULANO FULANO" VOCE SIMPLESMENTE FALOU... " É GRANDE (a palavra) É GRANDE, É HORA (hora, nesse momento) É HORA, EU MALDIÇOO VOCÊ!!! FULANO, FULANO.
De fato, a palavra big significa grande em inglês, mas eu já ouvi, em muitos aniversários, as pessoas gritando É PIQUE!! e não É BIG. Melhor seria que gritassem IT'S BIG!!!, pois assim o grito ficaria em inglês, um inglês meio troncho, mas, enfim, cada um fala o que sabe.

Mas não é nada disso. Veja o quadro abaixo.
A origem dos bordões "é hora!, é hora!" e "é pique!, é pique!" é explicada na Revista Fapesp de número 102 de março de 2004, páginas 57 e 58.

O bordão “é pique, é pique, é hora, é hora, é hora, rá-tim-bum", incorporado no Brasil ao Parabéns a você, é uma colagem de bordões dos pândegos estudantes das Arcadas da década de 1930. “É pique, é pique” era uma saudação ao estudante Ubirajara Martins, conhecido como pic-pic porque vivia com uma tesourinha aparando a barba e o bigode pontiagudo.
” É hora, é hora” era um grito de guerra de botequim. Nos bares, os estudantes eram obrigados a aguardar meia hora por uma nova rodada de cerveja - era o tempo necessário para a bebida refrigerar em barras de gelo. Quando dava o tempo, eles gritavam: “É meia hora, é hora, é hora, é hora, é hora!"

“Rá-tim-bun”, por incrível que pareça, refere-se a um rajá indiano chamado Timbum, ou coisa parecida, que visitou a faculdade - e cativou os estudantes com a sonoridade de seu nome. O amontoado de bordões ecoava nas mesas do restaurante Ponto Chic, com um formato um pouco diferente do que se conhece hoje: “Pic-pic, pic-pic; meia hora, é hora, é hora, é hora; rá, já, tim, bum'.
Como isso foi parar no Parabéns a você? “Os estudantes costumavam ser convidados a animar e prestigiar festas de aniversário. E desfiavam seus hinos”, conta o atual diretor da faculdade, Eduardo Marchi...
Pode ser verdade, pode ser apenas folclore.
De uma forma ou de outra, essa história de magos da Idade Média e de maldição é puro delírio. Use o bom senso e imagine uma pessoa normal chegar em festa de aniversário, de criança ou de adulto, e passar a amaldiçoar, maldizer ou anamatizar o/a aniversariante.
A mensagem continua:
Deixo aqui o meu alerta a todos os que leem essa mensagem porque a obra do maligno é essa: festejar a ruína do homem.
O maligno deve ser o satã, o amaldiçoado, o demônio, o diabo, o espírito mal e dá a entender que ele possui mais poderes do que Deus, o Criador de todas as coisas, inclusive dessas entidades pestilentas.
Do ponto de vista lógico, como as criaturas, no caso, o satã e sua trupe, poderiam possuir mais poderes do que o Criador a ponto de colocar em perigo o homem, Sua suprema criação?
Ou será que tudo isso não passa de armação: anunciar suposto perigo para "vender" a salvação eterna?
Hoje em dia, esquecido o marajá que teria visitado a faculdade paulista e que teria dado a sua contribuição ao folclore estudantil, a palavra ratimbum ou ra tim bum é aquilo que especialistas da linguagem chamam de onopatopeia: vocábulo que imita o som natural da coisa significada. A coisa significada é o som da orquestra como neste trecho da música Touradas em Madrid.
Parará-tim-bum-bum-bum
Parará-tim-bum-bum
O coro imita os instrumentos musicais.              
Conclusão: mais uma mensagem cujo conteúdo é falso e que põe em risco a credibilidade de quem a divulga. No seu próximo aniversário, não se preocupe se os convidados começarem a gritar é pique! é pique! ra-tim-bum.




Um leitor escreve:

"Sou um apaixonado por etimologia... e seu blog é, para mim, um grande achado... Qual a origem de 'rá-tim-bum'?"

Meu caro, "rá-ti-bum" parece reproduzir o som de instrumentos musicais em momentos festivos, em especial nas apresentações circenses. O "" seria da caixa, os pratos fariam o "tim", e o bumbo, o "bum". Foi incorporado às festas de aniversário como complemento ao "Parabéns pra você", depois de um animado "É pique! É pique! É hora! É hora! É hora!"

Há uma outra explicação, que inclui esse bordão "é pique, é pique, é hora, é hora". Tudo isso viria do ambiente estudantil da Faculdade de Direito do largo de São Francisco, em São Paulo.
Naquele tempo, na década de 1930, "é pique, é pique" teria sido uma saudação jocosa ao estudante Ubirajara Martins, conhecido pelo apelido de "pique-pique", porque vivia aparando barba e bigode com uma tesourinha. O "é hora, é hora" teria sido um grito de guerra de botequim, criado pelos estudantes para pedir uma nova rodada de cerveja, depois de transcorrido o tempo suficiente para que a bebida gelasse em contato com as barras de gelo.
O "rá-tim-bum" (explicação meio bizarra...) teria sido uma referência a um certo rajá indiano chamado Timbum (ou coisa que o valha). O rajá, em visita à faculdade, virou motivo de outra brincadeira de botequim. Os alunos de Direito, lá reunidos, comemoravam fosse o que fosse gritando — "É pique-pique, pique-pique, é hora, é hora, é hora... rajá... tim... bum!".
Essa história um tanto mirabolante está documentada, porém, no Suplemento da prestigiosa Revista Pesquisa FAPESP n. 102, de agosto de 2004 (págs., 57-8), na matéria "O Brasil que as Arcadas vislumbraram", assinada por Fabrício Marques.
Alguns irmãos, inclusive eu, pesquisaram sobre o assunto a fim de que não se espalhem males entendidos no meio do povo de D’us. O mais completo e sintético estudo nos foi passado pelo irmão Gustavo Serafim, suas palavras estão a seguir:
Mais abismado do que com a criatividade em se criar "lendas urbanas" as vezes até com supostas "fontes" eu fico é pasmo de ver como essa combinação crentes + internet + lendas tomam proporções absurdas.
Tenho a felicidade de ter nascido em um lar evangélico e de ter acesso a internet já a bastante tempo. Com isso, e mais uma certa curiosidade em conferir a veracidade das coisas que circulam na net (o mínimo que todos deveriam fazer) resolvi escrever sobre o assunto.
Como se já não bastasse aquele email sem noção e que enche o saco de tanto receber, sobre um filme chamado 'Corpus Christis' que vai sair em breve (detalhe que vai sair em breve desde 2001 que circula este email!!) contendo cenas de relações homossexuais, agora tem este do RÁ-TIM-BUM.
Como diz em Oséias 4:6, "O meu povo é destruído por falta de conhecimento".
Ainda no caso do email do filme, acreditem que teve (e ainda deve ter) igrejas orando e fazendo campanhas contra a veiculação de um filme que nunca nem existiu!!!!
Da mesma forma, agora que está na moda algumas palavrinhas no nosso CRENTÊS, a palavra maldição ganha mais força do que deveria.
Bom, pra isso aqui não ficar muito comprido e ninguém ler, vou falar só do email do rá-tim-bum e pronto.
Pra variar um pouquinho, nada que comprove esta teoria do RÁ-TIM-BUM significar maldição, os textos que fazem referência a esse fato carecem de informações básicas tais como: livro extraído, data de publicação etc. ou seja, não são fontes confiáveis.
Mais uma coisa, se essa é uma palavra de encantamento dos Druidas Celtas porque só existe no Brasil?
Bem, segundo o Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, a palavra RATIMBUM é uma onomatopéia, é a imitação de um som. Neste caso o som emitido por uma bandinha de circo ou uma fanfarra quando quer chamar a atenção sobre uma finalização de uma apresentação. A caixa faz TARARÁ!, os pratos fazem TIM!, e o bumbo faz BUM! - TARARÁ TIM BUM, para tornar a palavra mais curta e fácil de falar elipsaram o TARA... e ficou só o RÀ, RA-TIM-BUM, com três sílabas de bom efeito sonoro.
Além disso, existe também uma teoria bem interessante e bem aceita no meio acadêmico como você pode conferir na Revista FAPESP http://www.revistapesquisa.fapesp.br/Suplemento_USP_70_anos.pdf) que o bordão "é pique, é pique, é hora, é hora, é hora, rá-tim-bum", incorporado no Brasil ao Parabéns a você, é uma colagem de bordões dos pândegos estudantes das Arcadas da década de 1930.
"É pique, é pique" era uma saudação ao estudante Ubirajara Martins, conhecido como "pic-pic" porque vivia com uma tesourinha aparando a barba e o bigode pontiagudo.
"É hora, é hora" era um grito de guerra de botequim. Nos bares, os estudantes eram obrigados a aguardar meia hora por uma nova rodada de cerveja – era o tempo necessário para a bebida refrigerar em barras de gelo. Quando dava o tempo, eles gritavam: "É meia hora, é hora, é hora, é hora".
"Rá-tim-bum", por incrível que pareça, refere-se a um rajá indiano chamado Timbum, ou coisa parecida, que visitou a faculdade – e cativou os estudantes com a sonoridade de seu nome.
O amontoado de bordões ecoava nas mesas do restaurante Ponto Chic, com um formato um pouco diferente do que se conhece hoje: "Pic-pic, pic-pic; meia hora, é hora, é hora, é hora; rá,já, tim, bum".
Como isso foi parar no Parabéns a você? "Os estudantes costumavam ser convidados a animar e prestigiar festas de aniversário. E desfiavam seus hinos", conta o atual diretor da faculdade, Eduardo Marchi, de 44 anos, que relembrou a curiosidade em seu discurso de posse, dois anos atrás.
De qualquer forma este tipo de "criação" sempre vai existir, acreditem que tem um igreja de uma cidade vizinha aqui que trocou o parabéns por vembens porque você está "profetizando" pra parar os bens para a pessoa!! Aí, como diz meu pai, tenha a santa paciência, viu!
Provérbios 26:2 - "Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu vôo, assim a maldição sem causa não encontra pouso

Deus vos Abençoe em Abundância !
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